Me pediram para comentar sobre a mudança linguística, sobre bbb e sobre feminismo.
Eu até cogitei, mas logo depois me assustei.
Quando hesitei se deveria mexer nesse “vespeiro” das polêmicas, algumas das pessoas que perguntaram minha opinião me escreveram, indignadas.
Disseram que o fato de eu ter pensado se valia a pena, por si só, já demonstrava minha falta de opinião formada sobre o assunto.
Vejam que loucura: me roubaram o direito de refletir se opinar seria apenas colocar lenha na fogueira ou se de fato seria um contribuição pro mundo.
E mais: quem disse que tenho que ter uma opinião formado sobre tudo?
Socorro! Me tirem desse lugar, nunca pedi para ser essa pessoa.
Ademais, vale refletir na nossa real intenção quando pedimos a opinião de alguém.
Minoria quer “trocar ideia”. Maioria que escutar, contra-argumentar e moralizar.
Que cultura chata essa da moralização, gente!
Vocês se acham superiores quando moralizam, mas, no fundo, quem precisa disso são justamente os inseguros, que querem se provar moralizando, lacrando, cancelando, diminuindo. Para que tá mais feio para vocês do que para os que são cancelados, de verdade.
Tem erros grotescos sendo cometidos? Tem.
Mas você certamente faria uma melhor contribuição ao mundo se focasse em corrigir os seus do que mirando nas falhas dos outros para se distrair das suas.
Ninguém precisa concordar em tudo para ser amigo, para trocar ideia, para admirar.
Eu admiro um monte de gente que pensa diferente de mim a respeito de política, yoga, espiritualidade. E adoro vê-los argumentando, mesmo que eu não concorde.
Por um mundo menos moralista e mais interessado em aprender com o ponto de vista alheio. #acendasualuz