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Carol Rache

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É fundamental lembrar que amor não é um sentimento recebido de fora para dentro, mas uma energia que, ao ser cultivada no nosso universo interior, transborda e nos faz conectados com aqueles que vibram na mesma frequência.

Mencionei há algum tempo atrás o livro “Um Curso Em Milagres”, e aproveito para reforçar a ideia de que só existem duas frequências: medo e amor. Todo resto é desdobramento de uma dessas duas energias.

Nosso desafio aqui é fazer o retorno ao amor, que é a nossa natureza essencial. Estamos o tempo todo oscilando entre esses dois polos, e é importante sabermos que todas as ferramentas que usamos são para nos trazer de volta para a casa.

Nossa essência é amor, e a partir dela podemos expandir essa energia.

Note que não estamos nos referindo a amor no sentido distorcido em que essa palavra tem sido frequentemente utilizada por nós, mas no sentido essencial.

Temos a tendência de entender amor como um sentimento que recebemos de outras pessoas. Amor é uma frequência que existe em cada ser e que nos conecta com o todo.

 

Não é carência afetiva. É completude.

Não é posse. É liberdade.

Não são as nossas relações. É o que nós faz um.

Não é medo da solidão. É a certeza de que estamos conectados.

 

Todas nossas escolhas partem de uma dessas duas frequências: medo ou amor. Medo gera separação e fechamento. Amor gera expansão e conexão.

Enquanto não compreendermos o amor como uma parte dentro de nós, vamos buscá-lo do lado de fora. Vamos vibrar no medo da solidão e da rejeição e fazer escolhas para amenizar esse medo.

Escolhas feitas a partir do medo trazem desdobramentos dessa energia: dependência, sofrimento, apego, separação, dor.

Acender a nossa luz tem a ver com despertar a nossa essência amorosa e expansiva. Tem a ver com vibrar amor do lado de dentro, e expandir para o lado de fora; não o contrário.

Nossa autoestima está intimamente ligada ao reconhecimento dessa energia que carregamos do lado de dentro.

Precisamos acalmar a nossa criança interior para que ela possa respirar sem medo e permitir que no nosso universo interno prevaleça nossa essência amorosa.

Precisamos nos conectar com a nossa luz, para deixar de resistir ao que o nosso medo tenta evitar. Ao resistir, deixamos de enfrentar, de acolher e de ressignificar. Não há cura com negação. A cura começa com o reconhecimento das sombras.

Só assim poderemos olhar para as nossa memórias de dor sob uma nova ótica, e praticar o perdão à nós mesmos, e aos demais.

Sob a consciência de que qualquer atitude negativa é uma distorção irreal, o perdão nasce de forma natural. Quem quer que tenha te machucado só o fez porque estava desconectado da sua real essência amorosa. Sabendo disso, conseguimos ter compaixão.

Mudamos muito quando compreendemos que é possível sentir gratidão àqueles que acordam nossos fantasmas internos, para que possamos olha-los de frente.

Não é sobre transcender definitivamente o medo. Somos humanos, e nessa condição sempre teremos desafios. É sobre ter a consciência de que, sempre que tropeçamos, podemos usar nossas ferramentas para nos trazer de volta à nossa casa, ao nosso eixo, à nossa essencial fundamental: o amor.