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Carol Rache

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Quando alguém nos agride, nos acusa, nos aponta o dedo, incomoda.

Pelo menos para mim, qualquer invasão, incomoda.

Minha primeira reação é ficar brava, e a segunda, depois que a braveza passa, é tratar de desenhar meu limite.

Não tolero agressividade, desrespeito, gente invasiva e menos ainda a galera passivo-agressiva.

Fica nítido que o ataque é sempre uma transferência, mas nem por isso eu preciso aceitar receber a bagunça do outro.

Já luto para lidar com a minha. ???? Pensa bem se vou topar a ser saco de pancadas das frustrações alheias não curadas?

Não me proponho a isso. Eu to aqui para acender luzes e não para levar choque.

Troco altas ideias com pessoas que pensam radicalmente diferente de mim mas que não estão interessadas em se provar, em lacrar ou em moralizar. Gente madura e bem resolvida, sabe? Do tipo que quer trocar ideia, e não catequisar.

Não tenho paciência (e pra ser honesta não pretendo construir) para ataques velados. Para a alfinetada disfarçada de dica. Para o toque que vem em tom de ironia. Para quem problematiza o que não precisa.

A opinião alheia não nos define – nem quando vem em forma de aplauso e nem quando vem em forma de vaia.

E o que precisamos construir para não sermos escravos dela é autoapreciação.
É coragem de viver sob as nossas próprias convicções. É a tranquilidade de desagradar.

Eu demorei para entender isso. Me alegrava em excesso com os aplausos e me depreciava na mesma proporção com as críticas.

Até que compreendi que são duas faces de uma mesmíssima moeda – que inclusive é pequena demais para medir ou pagar o meu valor.

Hoje me vejo num lugar de paz que não é passivo a ponto de deixar de definir limites e fronteiras, e nem agressivo a ponto de precisar contra-atacar com a mesma moeda.

Se existe um nível acima, onde tudo se sublima? Pode ser. Mas enquanto eu não chegar lá, quem for desrespeitoso comigo vai precisar se retirar.