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Carol Rache

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O que ninguém conta, sobre trabalhar com redes sociais é que por trás das fotos lindas e das paisagens paradisíacas existe uma armadilha.

Você pode se ver preso, se não toma cuidado. A vida começa a girar em torno do post, da foto, do timing, do algoritmo.

É trabalho, né? Requer empenho sim, como qualquer outro. Mas o risco que a gente corre é de nunca se permitir desconectar.

Semana passada eu viajei e dei uma sumida. Ando vendo muito valor nos momentos que me fazem esquecer do celular. Ando gostando de perceber que nem vi a bateria acabar.

Mas não deixo de admitir que meu ascendente em Capricórnio me cutuca várias vezes para me lembrar que passei uma semana menos produtiva, menos disciplinada, menos conectada com vocês.

A culpa bate na minha porta, quando isso acontece. E escutar essa campainha sem reagir é difícil.

Ando refletindo muito sobre liberdade e sei que essa tela muitas vezes pode aprisionar.
E o paradoxo é que quanto mais você se rende ao celular mais ele te entrega resultados.
E com mais resultados, mais você se sente estimulado. É um ciclo vicioso, mesmo. Algumas vezes deliciosos, e outras tantas perigoso.

Fico vendo algumas pessoas que largaram as redes sociais e me pergunto: como deve ser viver sem isso?

Pela primeira vez eu cogitei desativar. Só para conhecer de novo como é uma vida sem postar.

Mas, sei lá, eu sinto que tenho tanta coisa para falar. Eu me realizo tanto nesse exercício de compartilhar.

Quem me acompanha sabe que não sou uma moça de extremos, então ao invés de abandonar, o que me propus foi equilibrar.

Trabalhar minha coragem de desacelerar.
Me permitir respirar, desconectar e até às vezes esquecer do celular.

As redes sociais não são necessariamente ruins, nós é que precisamos aprender a usar.

Tempo é nosso recurso mais precioso e as interações mais significativas ainda acontecem no mundo offline. É disso que precisamos lembrar.

Que a gente resista à tentação de querer pertencer tanto ao universo virtual a ponto de deixar de viver a vida que é real.

Parece óbvio, mas, na prática, não é.

Qual foi a última vez que você se permitiu desconectar, e como se sentiu?