Categories: Blog, Carreira, Coaching

Carol Rache

Share

“É por isso que sucesso – em qualquer aspecto – tem mais a ver com compromisso e consistência do que com sorte.”
Você já se sentiu mega motivado e empolgado com alguma coisa e depois foi perdendo o entusiasmo e deixou seu objetivo de lado? Quem nunca, né? De fato, a parte mais difícil de um processo não é começar, mas sustentar a energia necessária para se manter em movimento.

Começar exige uma boa dose de energia de ativação, e, por isso, muitas vezes, depois de investirem no start, muitas pessoas consideram que a parte trabalhosa já passou. Mas não. Ativar requer trabalho, mas nada se compara à dedicação demandada para sustentar.

Iniciar um novo projeto profissional, por exemplo, exige empenho. Mas sustentar o trabalho quando chegam os tempos das vacas magras exige consistência.

Conquistar alguém no início de um relacionamento demanda energia, mas sustentar a relação quando a rotina deixa tudo mais morno é que é o grande desafio. Começar a dieta na segunda-feira requer uma série de reorganizações, mas complicado mesmo é manter a disciplina quando a sexta-feira chega.

Aprender a se amar pode parecer uma virada de chave óbvia no início, mas sustentar a autoapreciação diante das críticas é para poucos.

Inícios de processos contam com o bônus da motivação. Porém, quem depende do pico de empolgação acaba pulando fora do barco quando percebe a tempestade se aproximando.

Motivação passa. Ela é como um vento forte que ajuda o barco a arrancar, mas, no dia a dia, só conclui a travessia quem se dispõe a remar.

É por isso que sucesso – em qualquer aspecto – tem mais a ver com compromisso e consistência do que com sorte.

No longo prazo, tanto faz se você está navegando num barco a vela ou numa lancha. O motor quebra, a vela estraga, o vento falha. A vida sempre vai trazer adversidades, e são aqueles que treinam os braços diariamente que vão dominar melhor os remos.

A sustentação de qualquer processo se dá nas pequenas atitudes diárias que te permitem honrar o compromisso que você faz lá no início, inebriado pela dopamina da motivação, e não pela força do impulso inicial.

Contar com a motivação é decretar um círculo vicioso e tóxico de estar sempre oscilando entre a empolgação de começar e frustração de desistir. É um caminho quase “bipolar”.

Sustentar, ao contrário, é caminhar mais próximo do eixo, sem pressa de alcançar a velocidade máxima logo nos primeiros quilômetros, sabendo que mais sensato é poupar energia para concluir o trajeto do que morrer sem combustível no meio do caminho.