Todos nós temos algo que desejamos melhorar, certo? Algum ponto da nossa vida ou da nossa personalidade que gostariamos de aprimorar.
Por muitos anos, terapia foi o caminho mais comum para as pessoas que desejavam fazer alguma transformação na sua vida. Recentemente, no entanto, uma nova técnica de desenvolvimento pessoal roubou a cena e começou a atrair a atenção das pessoas: o Coaching.
Antes de explicar o processo, vamos, em primeiro lugar, explicar os termos:
Coaching é o nome do processo.
Coach é o nome do profissional que conduz o processo.
Coachee é o nome do cliente que se submete ao processo.
Agora, vamos à pergunta fundamental.
O que é Coaching?
Um tipo de psicologia prática. Diferente da psicologia trandicional, o foco não está no passado. Como Coach, eu não ligo para o que aconteceu no seu passado, eu estou interessada no seu futuro.
Um Coach é quem te ajuda a ir do ponto em que você está hoje para o ponto em que você quer chegar. Por isso é que coaching não é sobre o seu passado, mas sobre o que você pode fazer AGORA, para ter o futuro que você deseja.
Em poucas palavras: é um processo para eliminar o GAP entre o seu estado atual e o seu objetivo.
Como sua Coach, eu sou a motorista do seu taxi – ou do seu uber, para ser mais moderna.
Eu vou te ajudar a encontrar o melhor caminho para chegar onde você quer.
E o melhor caminho nem sempre é uma linha reta. O melhor caminho é o de menos resistência.
Vou explicar:
Em Paris um metrô me leva à qualquer lugar do jeito mais rápido e mais barato. Mas me coloca debaixo da terra, e me impede de ver a cidade. Para mim, esse não é o melhor caminho. Pode ser para uma pessoa que mora lá, que já cansou de ver a paisagem.
Mas, para mim, como turista, andar de metro em Paris é perder a oportunidade de apreciar cada pedaço daquela arquitetura, e de ver o ritmo da cidade, e como as pessoas se movem, como elas se vestem, de que forma elas interagem umas com as outras. Por isso eu prefiro pagar mais caro para andar de taxi, porque eu quero aproveitar o percurso. Eu quero me divertir no caminho.
Se eu chegar para um parisiense e disser: “Bom dia, me diz por favor o melhor jeito de chegar na Torre Eiffel?”
A reposta provavelmente será: “A estação de metro mais próxima é essa aqui, e em 5 minutos você vai estar lá”.
Ele estará me apontando o caminho mais rápido, e mais econômico. Mas não o mais adequado para mim.
Faz sentido?
Um Coach não te diz para um onde você deve ir. Um bom Coach te conduz, mas quem decide onde quer chegar, é você. E, se você não souber, o Coach vai te trazer as perguntas certas, para te ajudar a encontrar a resposta.
Muitas vezes essas perguntas vão te pegar de surpresa, e te deixar um pouco desconcortável. Porque pode ser que para conseguir a resposta você precise pisar fora da zona de conforto e entrar em contato com emoções escondidas. E isso é essencial para desconstruir as crenças que te impedem de chegar onde você quer, e de ser a pessoa que você quer ser.
A desconstrução dessas crenças é o pulo do gato. Jogar fora as crenças que te limitam, e substituí-las por outras que sustentam a sua melhor versão.
Como escolher um bom Coach?
Para conseguir isso, é fundamental que exista uma boa conexão entre Coach e Coachee, pois o primeiro passo para desconstruir uma crença é trazê-la para consciência. E, sem empatia e confiança, o Coachee não consegue se abrir e se entregar ao processo, eliminando as chances do Coach identificar quais são as crenças e valores por trás dos padrões automáticos do cliente.
Por isso, a dica número um para quem está interessado em se transformar através de um processo de Coaching é: Escolha um Coach com quem você tenha empatia e confiança.
Isso vai garatir que o processo não seja superficial, e que você, como Coachee, não se sinta intimidado ao abrir a sua intimidade. É preciso que você confie que está sendo conduzido por alguém de confiança, que não está ali em posição de julgamento, e que vai tartar suas informações pessoais com a confidencialidade necessária.
A segunda dica é procurar saber um pouco sobre a bagagem do profissional. Existe todo tipo de formação no mercado, e um grande número de pessoas vendo no Coaching uma oportunidade “fácil” de carreira. Por que fácil? Porque existem formações rasas e econômicas, e qualquer pessoa pode, em poucas horas, se denominar Coach.
Entre os diversos cursos disponíveis, muitos oferecem poucas horas de treinamento, ou são ministrados por pessoas que não preparam de forma eficiente. Coaching é coisa séria. Por isso quanto mais dedicado for o profissional que te conduz, quanto mais nítido for o propósito e paixão pelo o que faz, e quanto mais consistentes forem as suas formações (no plural, sim, porque um bom profissional nunca para de se aperfeiçoar), mais satisfatórios serão os resultados.
A terceira dica é buscar por alguém que atue no seu campo de interesse. Se você precisa de um Coaching empresarial para melhorar o desempenho do seu negócio, escolha um profissional que tenha esse foco de atuação. Se você deseja trabalhar assuntos relacionados à carreira, é interessante ser conduzido por um Coach cujo trabalho inclua esse tópico. E se relacionamentos for o objetivo da sua transformação, busque por quem entende do assunto. O mesmo serve para outras demandas.
Coach é um processo útil para o alcance de todo tipo de resultado, e, portanto, muito abrangente. É verdade que, para te fazer as perguntas certas, o Coach não precisa ser um expert no assunto que você deseja trabalhar. Não é regra que você precise de alguém especializado naquilo que busca desenvolver. Mas é interessante ajustar o seu objetivo à expertize do profissional que vai te auxiliar, pois quanto mais familiarizado ele estiver com o assunto, mais confortável e aberto você ficará, diante dele.
Quanto tempo dura um processo de Coaching?
Não existe regra. Geralmente, o processo termina quando o Coachee alcança seu objetivo. E, depois disso, novas demandas podem surgir, levando à extensão do processo, dessa vez com uma nova meta.
O fundamental é que não se crie uma relação de dependência. Um bom processo dá ao Coachee ferramentas para fazer a própria transformação, de forma que ele não precise do Coach para dar os comandos e dizer as respostas.
É claro que a relação pode ser mantida, e que o Coachee possa sentir necessidade de recorrer ao Coach mesmo depois do processo finalizado. O que não deve acontecer é um vínculo de dependência, no qual o Coachee não se sente apto para tomar as próprias decisões sem a ajuda do Coach.
Um bom processo te prepara para ser dono da sua própria vida. O Coach pode estar para sempre ao seu lado, mas como um suporte. Não como a pessoa que vai definir o seu destino.